Movimento LGBT

A discussão sobre homossexuais, bissexuais, e transsexuais em nosso partido é relativamente recente diante de nossa gênese em 1922. Antigamente tinhamos a ideia equivocada de que discutir gênero e sexualidade no partido não era necessário, pois não haveria relação desta temática com a centralidade do trabalho. Tratava-se de um equívoco, pois em uma sociedade que é essencialmente desigual e produz cada vez mais desigualdades, em que ser trabalhador(a) significa lutar constantemente por seus direitos, ser trabalhador(a) e LGBT significa uma luta ainda mais acirrada: quer pela violência sofrida por motivos preconceituosos (o que atualmente convencionou-se chamar de LGBTfobia), quer pela dificuldade maior para arranjar um emprego para poder reproduzir-se enquanto ser humano, sua luta muitas vezes é pela sobrevivência diária. Portanto, trata-se de um segmento de trabalhadores ultra-explorado.
Adiciona-se o fato de que, apesar de o movimento comunista via de regra ser mais avançado e menos preconceituoso que a população em geral, ainda assim o contexto histórico fazia com que reproduzíssemos preconceitos, muitos destes em nome de uma pretensa cientificidade*.
Nos últimos anos esta discussão não só ganhou corpo como também se qualificou, sobretudo pela entrada de vários companheiros e companheiras LGBT no nosso partido. Hoje podemos dizer que temos resoluções para esta temática, e que como partido envidamos esforços para o combate às opressões de gênero e de sexualidade.
No estado de São Paulo, avançamos com a criação do Coletivo LGBT Comunista, que  já revela um futuro auspicioso.
 
No vídeo abaixo, podemos aprender muito com a militante Amanda Palha que, junto com o militante Wagner Farias, falam na UNICAMP sobre "LGBT e o Comunismo":


* Não nos esqueçamos que a homossexualidade foi retirada da lista internacional de doenças (CID) somente em 1990. A transsexualidade, não compreendida até mesmo pela maioria da população estudada, ainda se encontra nesta lista da Organização Mundial de Saúde (OMS).