Governo Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) anuncia o primeiro pacote de entrega de serviços públicos às Organizações Sociais (OS): a rapinagem começou.

22/06/2014 18:30

Em publicação do Jornal A Tribuna da ultima quinta-feira, o governo do PSDB noticiou mais alguns detalhes do nefasto plano de terceirização dos serviços públicos proposto por Paulo Alexandre Barbosa. Na reportagem, o Secretário de Gestão Fábio Ferraz anunciou o Hospital Arthur Domingues Pinto (Pronto Socorro da Zona Noroeste) como o primeiro alvo das Organizações Sociais, e aproveitou-se o ensejo para avisar a pretensão de fazer o mesmo com o Teatro Coliseu e o Programa Escola Total (projeto de contraturno da Rede Municipal de Ensino).

A matéria reforça que o governo tucano pretende mudar o modelo de gestão dos serviços públicos em diferentes áreas, e que a intenção não se resume a somente entregar para as Organizações Sociais novas instalações públicas: a entrega se dará inclusive em relação ao que já funciona.

O tucano no sentido político, diferentemente do que ocorre no sentido biológico, revela-se uma verdadeira ave de rapina.

Que modelo é este?

É o modelo de gestão que o PSDB tem implantado em diversas prefeituras e estados que governa, baseando-se na opção de entregar serviços públicos para parceiros políticos que controlam as Organizações Sociais (modalidade de terceirização/privatização), em troca de apoio político futuro ou como forma de pagamento de favores de campanha. Tal modelo não pretende qualificar a oferta de serviços públicos, muito pelo contrário: pretende abrir um enorme espaço para a corrupção e um grande curral eleitoral para o governo de plantão.

Nós, do Partido Comunista Brasileiro, também criticamos o modelo de gestão aplicado na Prefeitura de Santos, em que o prefeito indica os gestores das unidades de saúde quando estes poderiam ser escolhidos democraticamente pelos próprios trabalhadores e a população usuária. Aliás, quem dirige há um ano e meio o Hospital da Zona Noroeste e todas as demais Unidades de Saúde do Município (prováveis alvos de terceirização) é exatamente alguém indicado pelo prefeito e, sendo assim, se aquele equipamento não funciona, a culpa não é dos servidores municipais tampouco dos usuários, mas sim de Paulo Alexandre Barbosa (Prefeito) e de Marcos Calvo (Secretário de Saúde), os quais estão todo este tempo sucateando propositalmente o Hospital para terceirizá-lo.

O que fazer?

Vivemos um momento complicado para os servidores e munícipes que defendem um serviço público, gratuito, de qualidade e sob o controle da população usuária. Precisamos arregaçar as mangas em um grande movimento contra estas ações pretendidas pelo governo municipal. É preciso criar uma frente em defesa dos serviços públicos e contra as privatizações e  terceirizações, para que servidores e munícipes lutem juntos para barrar a implantação destas políticas e reivindicar a gestão dos serviços públicos, pois a melhor defesa é o ataque.

 

Comitê Municipal de Santos - Partido Comunista Brasileiro (PCB)
Santos, 22 de junho de 2014.