Orquidário reaberto: Tá, mas não esquecemos do que houve...

10/06/2012 03:53
Mico Comunista!

Ontem foi o primeiro sábado com o Orquidário Municipal de Santos reaberto e, apesar da chuva, muitas crianças acompanhadas de seus pais, avós, tios e amigos foram ao encontro de diversos animais e plantas. Desde 2009 habitantes da Baixada e turistas não sabiam o que era uma visita ao local tão presente na infância de muitos santistas, vicentinos, habitantes da Baixada Santista em geral, e por que não dizer paulistas?

Para quem mora nos arredores do parque, assim como quem passava por lá de carro, o incômodo era consensual: quebra calçada aqui, arruma de novo, quebra novamente, interdita este pedaço da rua, tudo parecia uma brincadeira de montar e desmontar a mesmíssima coisa como crianças brincam de LEGO (isso tudo durante três anos!), sem contar o barulho acarretado de tudo isto.

Para a população em geral: a ausência do equipamento turístico e até mesmo um lugar tranquilo e barato para se ter contato com a natureza (apesar da artificialidade dos animais cativos compondo a paisagem) e encher os pulmões de ar puro.

A promessa: um Orquidário totalmente reformulado, ampliado, com mirante que possibilitaria enxergar todo o parque zoobotânico de cima. Os custos divulgados pela imprensa para a reforma do local é de 10 milhões.

A realidade: a Empresa Construpel, vencedora da primeira licitação, tornando-se responsável pela obra, faliu (!!!). A Termarq, nova empresa, deu a continuidade aos trabalhos após vencer nova licitação em dezembro de 2011. A Prefeitura Municipal de Santos, quanto aos atrasos da obra, não deu nenhuma explicação suficiente para a população. O parque foi ampliado em apenas cerca de dois mil metros quadrados (!!). O tal mirante, "ninguém sabe, ninguém viu". Os próprios visitantes, apesar de felizes com a reabertura, questionaram a duração da espera e a total falta de transparência com os custos em relação às mudanças ocorridas, que não foram tantas assim que compensasse tamanha espera.

A população santista clama por maior transparência nas planilhas de custo, cronogramas, e decisões no tocante e obras públicas e prestações de serviço (como fiscalizações, aditamentos de contratos, quebras de contratos licitatórios, etc). Ainda não engolimos, só para citar um exemplo mais recente, o aumento de 9,4% do transporte coletivo municipal (de R$2,65 para R$2,90) enquanto os serviços continuam péssimos. Nem que a municipalização do antigo Colégio Santista não está atendendo a educação em 100% de sua estrutura apesar do espaço disponível. Enfim, que os problemas não se restringem somente ao atraso das obras do Orquidário, e não serão um punhado de dias de entrada gratuita e mais um pouco deles de entrada a R$1,00 que nos deixarão dóceis.

 

O POVO ORGANIZADO NÃO É PARVO!